#34 Sobre faxina e felicidade
(Se você não leu o texto anterior, pare tudo que está fazendo, dá uma lida e volta pra cá)
Gavetas são compartimentos onde guardamos coisas. Existem para conter algo. São partes da nossa vida. Muito da nossa história está dentro delas. Já notou o que lá guardamos? Desde coisas simples e cotidianas, uma meia, uma camisa… até uma fotografia da infância, um documento importante, uma conta a pagar…
Salvador Dali, gênio da pintura espanhola nos ajudou a pensar a nós mesmos como seres cheios de gavetas. Lugares da nossa alma onde guardamos dores e alegrias, luzes e sombras. Vez por outra as gavetas da nossa alma precisam passar por uma certa faxina. Precisam que joguemos fora algumas coisas que estão guardadas impedindo o espaço de outras.
Este tipo de faxina não deve ser feita sem ajuda. Nem sempre somos capazes de por nós mesmos faxinar essas gavetas. Abri-las pode destampar tristezas sufocadas, lágrimas escondidas… o certo é que nelas podem conter coisas que nos amarram, pendências que devem ser enfrentadas e, até onde possível, resolvidas.
Essa tal felicidade é mesmo uma consequência desta arte de faxinar as gavetas da alma. Faxinas, por natureza, são intervenções que fazemos para arrumar o que deve ser mantido e descartar aquilo que não se deve guardar. Faxinar é jogar fora o que não deve ser guardado, guardar o que se deve, deixando espaço sempre para que novas e preciosas coisas encontrem lugar dentro de nós. Mãos à obra. Então, vamos faxinar?
Muito obrigado pelo texto Badú! Muito pertinente esse especial desafio de olhar para si e encarar coisas, que com pujança(texto anterior) ou até onde possível,(texto de hoje) devem ser resolvidas. Show!
Fiz algumas faxinas aqui, bom demais!!! rs rs a alma ficou tão leve, alivio… um sensação de felicidade tão grande. Jogar coisas fora é libertador. Que conselho bommmm. Sempre grata a Deus pela sua vida, sua sensibilidade.
Quando faço faxina, tenho a sensação de que limpo as idéias, arrumo a mente, organizo as lembranças.
O novo para entrar é necessário sair o velho