#20 A falta de dinheiro e a infelicidade
Passar, ou mesmo viver dentro de uma situação financeira difícil é conviver constantemente com o estresse. A falta de grana produz forte tensão em nossos relacionamentos, podendo, inclusive, ameaçar o amor. É uma sequência de peças que se encaixam, uma vai afetando a outra, formando um efeito dominó causador de infelicidade.
Tudo começa na frustração que a ausência de dinheiro cria. É frustrante não poder pagar as contas, ter que ficar contando centavos, viver o presente e o futuro com insegurança, falar não para si mesmo quase o tempo todo, olhar-se no espelho e lutar contra a palavra fracasso estampada no rosto, tentar calar aquela voz interior dizendo a toda hora: tudo dá errado pra mim… é simplesmente frustrante!
Depois da frustração vem a raiva. Uma incontida irritação que pode virar constante agressividade. Palavras duras e ríspidas começam a sair dos lábios. Feridas se abrem. Da raiva passa-se para a culpa, ou de si mesmo ou do mundo, do outro, de Deus, do destino… sentimo-nos culpados, culpamos ou alguém nos culpa. Juntas a frustração, a raiva e a culpa formam uma espiral destrutiva da nossa estima e, por consequência, das nossas relações.
Precisamos aprender a ser felizes apesar do dinheiro. Mas não subestimemos a importância que ele tem, pois sua ausência pode ser devastadora, trazendo dores causadoras de forte infelicidade.
Sim, o aspecto financeiro afeta todos os demais das nossas vidas.
O dinheiro ou a falta dele vai ser problema ou não, dependendo das expectativas e dos desejos que as pessoas nutrem. Quanto mais encantada, ou dependente das “belezas” que o dinheiro pode trazer, mais propício ao sofrimento ou a infelicidade tal pessoa estará. Em nossa sociedade, tal como se configura hoje, o dinheiro é elemento para suprir grande parte dos desejos. Cada vez mais vejo sentido na afirmação do Leandro Karnak: “dinheiro, compra tudo, compra até amor sincero”.
Fábio obrigado Mano por seus comentários, sempre precisos, sempre elegantes, mesmo quando discordantes, você é um interlocutor admirável
“A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros.” Confúcio
Belissímo
Sim de fato, SImone
…eis um belo desafio: não menosprezar o que a falta de dim-dim pode provocar enquanto se busca intencionalmente
encontrar belezas que proporcionam felicidade e não requerem dinheiro.
Sim meu amigo
Acho que existe um mínimo necessário. O mínimo que compreenda alimentação, vestuário, educação, moradia… a partir do mínimo conseguimos pensar nas “belezas que o dinheiro pode trazer” como disse o Fábio. Abaixo desse mínimo é muito difícil pensar em felicidade. Como ser feliz sem ter o que por a mesa? Como ser feliz recebendo ligações de cobranças o tempo inteiro?
Entendo mesmo que o dinheiro pode não ser o fato determinante para a felicidade, mas certamente não pode estar fora da sua equação.