O texto de hoje é parte do livro que escrevi e está a sua disposição, basta clicar aqui.

Todavia, minha admiração não conseguiu apagar a curiosidade de saber quais eram as reais razões do seu tédio. Como, onde e por que perdeu a fé em qualquer sentido para a existência. Me dei conta, examinando seus discursos, que por não ver um propósito, a vida perdeu o sabor, e sem sabor, viver é uma infelicidade (exatamente nessa ordem).

Tem-se falado muito sobre propósito. Que bom. Eis aqui um tema com a qual deveríamos mesmo ocupar nossa mente e coração. Como esta é uma questão hoje muito em voga, existem já boas respostas à pergunta, o que é  propósito?… confesso que quando alguém me pergunta qual é o meu propósito, quase sempre é uma experiência desconfortável para mim. Honestamente, acho esta pergunta enorme, grande demais, importante demais e isso me desafia. Até mesmo porque acalento dúvidas clássicas sobre esta questão. Será que a vida tem um propósito predeterminado e comum a todos,              cabendo-nos tão somente descobri-lo e revelá-lo ao mundo, ou somos nós que damos um propósito a existência? Por outras palavras, mas dizendo a mesma coisa, o propósito é algo que já existia antes de mim ou passa a existir quando eu o crio?…

O propósito não elimina dissabores, mas nos ajuda a digeri-los de uma maneira construtiva. Um bom propósito, parafraseando o poeta popular, “é capaz de coisas que até mesmo Deus duvida, já curou desenganados, já fechou tanta ferida…”