#39 Um escravo que virou filósofo
O texto de hoje é parte do livro que escrevi e está a sua disposição, basta clicar aqui.
A vida infeliz tem raízes nesta nossa tendência de tratar como nossa responsabilidade as coisas que não estão sob o poder da nossa ação. Este erro nos leva a profundas perturbações interiores causadoras de tanta infelicidade.
Toca-me esta reflexão simples de Epiteto, de quem posso dizer que sempre foi filósofo e mesmo quando escravo era um ser livre. Ele me ajuda a ver a felicidade como fruto do discernimento da nossa potência e da nossa impotência. Faz-nos sair de uma doença muito própria dos nossos dias, aquela de achar que uma vida feliz é de total responsabilidade de cada um de nós.
Herdamos e construímos nosso caminho. Epiteto nos ajuda a entender que nesta caminhada chamada vida, nem tudo depende de nós… É baseado neste conjunto de conhecimentos, que desafio esta ilusão coletiva de fazer da felicidade uma conquista plenamente pessoal… Epiteto iria me ensinar, antes mesmo das ciências modernas, que em se tratando de felicidade, é bom nos unirmos as milhares de pessoas, que na luta contra vícios escravizantes têm a coragem de dizer: concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar. Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para conhecer a diferença entre elas.
“O sonho de cada família é poder viver junta e feliz, num lar tranquilo e pacífico, em que os pais têm oportunidade de criar os filhos da melhor maneira possível, ou de os orientar e ajudar a escolher as suas carreiras, dando-lhes o amor e carinho que desenvolverá neles um sentimento de segurança e de autoconfiança.”
Nelson Mandela