#17 Conselhos de um antigo para nossa felicidade hoje
Que os entendidos me perdoem a irreverência, mas acho que Epicuro foi um cara fora da régua. Fundou uma escola diferente. Um lugar aprazível onde se aprendia a filosofar dialogando, comendo e bebendo. Assim era o jardim, nome dado àquele ambiente informal e cheio de profundidade.
Boatos espalhados por seus inimigos diziam que ele pregava uma vida de luxúria e que o Jardim era onde se ensinava a construir uma vida somente focada em prazer. Nada mais injusto. Para ele, a felicidade estava justamente na moderação. O excesso perturba a alma. Felizes pois são os moderados, pois experimentam uma imperturbabilidade interior.
Aprendi com Epicuro que nossa infelicidade resulta essencialmente dos nossos desejos. Eles são de três tipos: os naturais e necessários (comer, beber, vestir, ter um teto), os naturais e não necessários (comida refinada, beleza da roupa, conforto da moradia) e os que não são naturais e nem necessários (poder, fama, grande luxo, riqueza).
Para ser feliz, basta satisfazer os primeiros. Os segundos podem ser buscados, mas é aconselhável que os renunciemos; quanto aos terceiros, estes devem ser evitados. Epicuro se anima: “graças sejam dadas a bendita Natureza que fez com que as coisas necessárias fossem fáceis de ser conquistadas, e as coisas difíceis de conquistar não sejam necessárias”.
E quem um dia irá dizer que a sabedoria deste antigo filósofo grego nada tem a nos iluminar hoje?
Reflexães libertadoras!
Sinto-me feliz pela libertação, quando as leio.
Leio cada uma, pelo menos quatro vezes.
Fico maravilhado com as escamas caindo dos meus olhos e amarras desprendendo dos meus pés.
Um sonho de liberdade! Sempre vigilante, para não ser aterrorizado pelo “FUTURO”.
Obrigado Badú.
O excesso, sempre me perturbou.Hoje vejo muita gente fazendo o caminho de volta, buscando as coisas naturais e se sentindo mais felizes.O ser humano as vezes complica muito a vida. A natureza é perfeita! Epicuro…prazer em conhecer. rs rs
Uma vez conheci um pescador numa aldeia. Casinha simples, pescava só o suficiente para comer. Perguntaram a ele por que não pescava mais e saía para vender, já que ali havia tantos peixes. Ele disse: pra quê? Vou ganhar dinheiro, vou ter vontade de ganhar cada vez mais dinheiro, vou trabalhar mais, cada vez mais, e um dia vou me ver com saudade da vida simples que tenho hoje.
Que precioso alerta: o que de fato é necessário, é generosamente oferecido, com fácil acesso. Aleluia!
Gratidão por mais essa gota de sabedoria!
Excelente reflexão!
Desapeguemos do item 3. Vou compartilhar.
“O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.” Epicuro.